A Sabedoria da Oração
Esse trecho da carta aos Colossenses revela mais uma orientação prática do apóstolo Paulo, tanto para os líderes quanto para os membros da igreja, destacando o papel da oração, da sabedoria no relacionamento com os outros, e da responsabilidade na comunicação do Evangelho.
Reflexões principais:
Senhores e Servos (verso 1):
Paulo reforça que os senhores (ou empregadores, numa aplicação moderna) devem tratar seus servos (ou empregados) com justiça e equidade. Isso porque todos, independentemente de sua posição social, têm um Senhor nos céus. Essa igualdade espiritual diante de Deus deve refletir na maneira como tratamos uns aos outros.
Perseverança na oração (verso 2):
Paulo destaca a importância de perseverar na oração com gratidão. A oração é a base da vida cristã, e o agradecimento é essencial, pois nos lembra do plano da salvação e das bênçãos que já recebemos. Gratidão gera confiança e fortalece a fé.
Abertura para a pregação (versos 3 e 4):
Paulo pede orações específicas para que Deus abra portas para o anúncio do mistério de Cristo. Mesmo preso, ele não busca libertação, mas sim a oportunidade de proclamar o Evangelho da maneira que Deus o direcionar. Isso mostra seu compromisso com o chamado acima de circunstâncias pessoais.
Sabedoria no relacionamento com os de fora (verso 5):
"Andar com sabedoria" para com os de fora significa que os cristãos devem agir com prudência e discernimento em suas interações com não cristãos. "Remir o tempo" implica aproveitar ao máximo as oportunidades para testemunhar de Cristo.
Palavra temperada com sal (verso 6):
A fala dos cristãos deve ser agradável e edificante, "temperada com sal". Isso significa que nossas palavras devem trazer vida, verdade e interesse, refletindo graça e sabedoria, para que possamos responder adequadamente a cada pessoa.
Aplicação prática:
Tratamento justo e igualitário:
Líderes, patrões ou pessoas em posições de autoridade devem tratar todos sob sua responsabilidade com justiça e compaixão, lembrando que também estão sujeitos à autoridade divina.
Poder da oração:
A oração é uma conversa íntima com Deus. Devemos orar de forma intencional, clara e com fé. A oração bem fundamentada demonstra maturidade espiritual e confiança no Espírito Santo que habita em nós.
Comunicação do Evangelho:
Como Paulo, devemos buscar oportunidades para compartilhar o Evangelho, mesmo em circunstâncias adversas, confiando que Deus abre as portas certas no tempo certo.
Testemunho para os de fora:
O nosso comportamento e fala devem atrair pessoas para Cristo, não afastá-las. Sabedoria e graça são essenciais em nossas interações.
Gratidão e fé:
Ao orar, além de pedir, devemos lembrar de agradecer pelo que já recebemos. Isso nos mantém conscientes da bondade e fidelidade de Deus.
Essa passagem nos ensina que, como cristãos, somos chamados a viver com integridade, fé, e amor, refletindo a luz de Cristo em nossas ações, palavras e orações.
Pastor Itamar Crestani.